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Dia Mundial do Rock: uma celebração com DNA brasileiro

  • Foto do escritor: Kika Mesquita
    Kika Mesquita
  • 13 de jul.
  • 2 min de leitura

Foto: Reprodução/ Getty Images
Foto: Reprodução/ Getty Images

No dia 13 de julho de 1985, dois palcos montados em lados opostos do Atlântico deram início a um dos maiores eventos musicais já realizados: o Live Aid. Criado pelo músico e ativista Bob Geldof para arrecadar fundos contra a fome na Etiópia, o festival reuniu mais de 70 artistas em apresentações simultâneas no Estádio de Wembley, em Londres, e no JFK Stadium, na Filadélfia. Queen, U2, David Bowie, Paul McCartney, The Who, Elton John, Madonna e Led Zeppelin foram alguns dos nomes que se apresentaram para uma audiência global estimada em 1,5 bilhão de pessoas. Durante o evento, Phil Collins, que tocou nos dois palcos no mesmo dia, sugeriu que aquela data fosse lembrada como o “Dia Mundial do Rock”.


A sugestão foi simbólica, mas não ganhou adesão internacional. No Brasil, no entanto, encontrou um terreno especialmente fértil. O ano de 1985 marcou um ponto de virada na cultura jovem brasileira: era o auge da geração do rock nacional, com bandas como Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e RPM ganhando projeção nacional. Também foi o ano da primeira edição do Rock in Rio, que reuniu mais de um milhão de pessoas na Cidade do Rock e trouxe ao país ícones internacionais como Queen, AC/DC e Iron Maiden, além de consagrar o rock brasileiro diante de um público gigantesco.


A juventude vivia um momento de efervescência, em meio ao fim da ditadura e à redemocratização. O rock, com seu discurso contestador e sua linguagem direta, se tornou trilha sonora desse novo tempo — e um símbolo cultural de afirmação.


Foi nesse cenário que rádios como a 89 FM – A Rádio Rock e a 97 FM, ambas de São Paulo, passaram a adotar o 13 de julho como uma data especial, promovendo maratonas, campanhas e programações voltadas ao gênero. O que começou nas ondas do rádio, no entanto, rapidamente se espalhou. A proposta encontrou respaldo no público, na imprensa, nos artistas e nas escolas, sendo incorporada de forma espontânea como uma tradição nacional.


Mesmo sem reconhecimento oficial em outros países, o 13 de julho se consolidou por aqui como uma celebração legítima do rock. Mais do que lembrar um festival beneficente, a data passou a representar um movimento cultural que marcou gerações no Brasil — unindo atitude, música e memória coletiva.













 
 
 

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​Por: Kika Mesquita

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