Tracy Chapman quebra o silêncio em entrevista rara e celebra relançamento de seu icônico álbum de estreia
- Kika Mesquita
- 8 de abr.
- 2 min de leitura

Aos 37 anos do lançamento de seu icônico álbum de estreia, Tracy Chapman voltou aos holofotes com um relançamento especial em vinil — e com algo ainda mais raro: uma entrevista ao The New York Times. Conhecida por sua reclusão e discrição, a cantora que deu voz a sucessos como Fast Car e Baby Can I Hold You quebrou o silêncio e falou sobre sua carreira, o cenário atual da música e sua relação com a fama.
O disco homônimo, lançado originalmente em 1988, foi remasterizado a partir das fitas analógicas originais e relançado no último dia 5 de abril, em uma edição comemorativa de 180g. Uma ótima notícia para os fãs que, como ela, ainda preferem a música em formato físico. “Gosto de comprar CDs e LPs. Isso me faz sentir que estou realmente apoiando os artistas”, afirmou. Chapman também deixou claro que não ouve música em plataformas de streaming, justamente por acreditar que os músicos não são devidamente remunerados por esse modelo. Sua escolha reforça o quanto ela se mantém fiel à sua essência, mesmo diante das transformações da indústria.
Além disso, ela falou sobre sua emocionante participação no Grammy de 2024, quando dividiu o palco com o cantor country Luke Combs em uma performance histórica de Fast Car. Chapman revelou que reuniu sua banda original para a apresentação e se emocionou ao reencontrar os músicos durante os ensaios. O momento reacendeu o interesse por sua obra e apresentou sua música a uma nova geração.
Chapman também comentou sobre as novas vozes femininas na música, elogiando nomes como Charli XCX e Chappell Roan. Apesar de não lançar um novo álbum desde 2008, a artista revelou que continua compondo e, embora suas canções tenham forte apelo social, ela evita o rótulo de “cantora de protesto”: “Não escrevi Fast Car como um protesto, mas como uma história sobre alguém que tenta mudar de vida. Isso diz muito sobre o que eu também sentia.”
Discreta, mas sempre relevante, Tracy Chapman prova que sua voz ainda tem muito a dizer e continua a emocionar fãs antigos e novos, tanto com suas composições quanto com sua postura única diante da fama e da indústria musical.
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