Jim Morrison: 54 anos sem o poeta selvagem do rock
- Kika Mesquita

- 3 de jul.
- 2 min de leitura

Em 3 de julho de 1971, o mundo da música perdia uma de suas figuras mais enigmáticas e intensas: Jim Morrison. O vocalista do The Doors foi encontrado morto na banheira de seu apartamento em Paris, aos 27 anos, entrando para o infame “Clube dos 27” — grupo de artistas que morreram precocemente nessa mesma idade. Hoje, 54 anos depois, sua influência ainda ecoa no rock e na cultura pop.
Um artista fora dos padrões
Nascido em 8 de dezembro de 1943, Jim Morrison não foi apenas o vocalista e letrista do The Doors, mas um poeta inquieto, provocador e visionário. Com sua voz grave, presença de palco hipnotizante e letras repletas de simbolismo, erotismo e crítica social, Morrison ajudou a moldar o espírito transgressor da década de 1960.
Formado em cinema pela UCLA, Jim sempre esteve interessado em literatura, filosofia e arte. Quando conheceu o tecladista Ray Manzarek em Venice Beach, Califórnia, surgiu o embrião do The Doors. A banda se completaria com Robby Krieger na guitarra e John Densmore na bateria — e juntos, fariam história.
O impacto do The Doors
Entre 1967 e 1971, o The Doors lançou álbuns que marcaram o rock psicodélico e experimental, como The Doors, Strange Days, Waiting for the Sun e L.A. Woman. Sucessos como “Light My Fire”, “People Are Strange”, “Riders on the Storm” e “The End” tornaram-se hinos de uma geração que vivia entre o êxtase e o colapso.
Morrison era imprevisível: sua performance nos palcos flertava com o misticismo, o caos e a sensualidade, sendo muitas vezes alvo de polêmicas e censuras. Seu comportamento autodestrutivo, marcado por abuso de álcool e drogas, o levou a ter problemas com a justiça e a imprensa — mas também reforçava sua aura de gênio atormentado.
A morte em Paris
Em 1971, cansado da fama e das pressões, Jim se mudou para Paris com sua companheira Pamela Courson, em busca de anonimato e inspiração. Poucos meses depois, foi encontrado morto em circunstâncias até hoje nebulosas. Não houve autópsia, e a versão oficial aponta ataque cardíaco como causa da morte — mas as especulações sobre overdose persistem até hoje.
Ele foi enterrado no cemitério Père Lachaise, ao lado de outros ícones como Oscar Wilde e Edith Piaf. Seu túmulo se tornou um dos mais visitados do mundo, ponto de peregrinação para fãs de todas as gerações.
Um legado eterno
Mesmo após mais de meio século, Jim Morrison segue sendo um símbolo de rebeldia, arte e liberdade. Sua poesia sobrevive nos discos do The Doors, em livros e registros de seus escritos, e continua inspirando músicos, escritores e cineastas.
54 anos depois de sua partida, Morrison ainda nos provoca a atravessar as portas da percepção e encarar nossos próprios abismos — sempre embalados por sua voz imortal.










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