Meu nome de batismo é Bernardo Canto Calheiros, já tive alguns apelidos, mas nenhum deles de valor pra mim, tenho 19 anos e nasci na capital gaúcha, Porto Alegre. Sou filho único por parte materna e tenho dois irmãos mais velhos.
A minha educação foi sempre muito artística, minha mãe me levava a viagens sem rumo, museus, shows, orquestras, teatros e meu pai me conduzia ao povo, a jogar bola na vila e conviver com os mais variados tipos de gente, de governadores e chefes de estado até o Mamona's Bar, desde de muito garoto que eu respiro destas aspirações e não posso me esquecer de falar dos meus irmãos e a banda de punk rock (os alcalóides), do meu ilustre tio Marco Antônio, com sua bossa nova e de minha mãe, que me levou a todos os jogos do Inter no Beira-rio de 2007 até 2012, onde através do bumbo de la hinchada, que conheci o som castellano.
Hoje eu compreendo que faço parte da América Latina, tenho um carinho imenso pelo Uruguai, falo espanhol e entendo que a música tem que ser um ponto de união destes países. Tenho metas aguçadas, sonhos que hoje parecem inatingíveis, mas que preciso colocá-los como metas. Quero participar e moldar um movimento artístico no Brasil, tenho consciência que o último foi o tropicalismo e reflito todos os dias em levar a minha música para os mais diversos centros. Hoje, eu tenho estudado a história musical brasileira, a literatura e não me considero um violonista, mas sim um compositor, um letrista e faço dos meus dias uma poesia, na metáfora de saber se é sonho ou real. Com 13 anos eu descia de mala e cuia para o sul do estado e no final do ano eu já começava a tocar violão.
Poderia me alongar mais e contar das primeiras experiências na cidade de Pelotas, da minha lisérgica aventura aos meus 14 anos, dos meus dilemas escolares, da depressão, da minha ida a igreja, da minha redenção e do meu vitiligo. Mas sem querer assustar, em resumo, como uma tese, digo que minha adolescência foi e é motivo de inspiração para minhas canções e me vejo tranquilo depois de tanto abafo, me acomodei com uma guria de Canguçu, hoje ela é minha ex, mas foi ela quem me traçou a confiança para seguir na música e é graças a ela que estou centrado no caminho.
Nesses anos, levei sempre comigo, nas viagens que fiz, o meu violão. Toquei em Santa Catarina, no Uruguai, no interior e na capital. Nunca fiz um show completo, sempre na folga de algum músico de bar, mas o que me deixa feliz é ter colecionado histórias. Gravei a minha voz, uma vez, para um musical que fiz na escola, este mesmo que me levou para uma figuração no filme Domingo. Deste modo, fiz turnês com o teatro e toquei uma música autoral (Mandala) em um festival da cidade.
O meu som é gravado em casa, sem estúdio e na parceria de amigos e familiares. Tento manter uma rotina semanal de publicações, no YouTube são três músicas autorais (Jonhy - ia, Beija-Flor e Pierre) e mais um cover do Seu Jorge (Zé do Caroço).
Na página do Face, eu coloquei, além dos já citados, um som que está como link do SoundCloud (Azul) e um cover do Caetano (You don't know me).
Fiz uma conta esses dias e cheguei a 14 músicas autorais, mas é algo incerto, porque vira e mexe eu acho alguma outra, ou até mesmo me esquecendo de algumas tantas mais.