A inteligência artificial (IA) está rapidamente transformando diversos setores, e a música não é exceção. Um novo estudo da Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores (CISAC) revela que a IA pode ter um impacto significativo na renda dos trabalhadores do setor musical, com uma possível redução de mais de 20% nos próximos quatro anos.
Enquanto empresas de tecnologia se preparam para lucrar bilhões com a IA, músicos e criadores enfrentam um futuro incerto. O estudo prevê que o mercado de IA generativa na música explodirá, passando de 3 bilhões de euros para 64 bilhões de euros até 2028. No entanto, esse crescimento pode vir às custas dos artistas, que podem perder oportunidades de trabalho e ver suas obras utilizadas sem autorização para treinar modelos de IA.
Björn Ulvaeus, do ABBA, ressalta a necessidade de uma regulamentação eficaz da IA para proteger os direitos dos criadores. Ele alerta que a IA pode ser uma força poderosa para o bem, mas se mal gerenciada, causará "grandes danos aos criadores humanos, suas carreiras e seus meios de subsistência".
A preocupação com o uso da IA na música tem crescido entre os artistas. Recentemente, nomes como Eddie Vedder, Robert Smith e Stevie Wonder se uniram em uma carta aberta contra o uso "predatório" da IA na criação musical. Nos Estados Unidos, o debate sobre a regulamentação da IA ganhou força após a divulgação de deepfakes de Taylor Swift, levando à aprovação de leis para proteger os músicos no estado do Tennessee.
O futuro da música na era da IA depende das escolhas que fizermos hoje. É crucial que governos e legisladores implementem políticas que incentivem a inovação tecnológica e, ao mesmo tempo, protejam os direitos e a criatividade dos artistas.
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