O Brasil se despede de um ícone do jornalismo. Cid Moreira, a voz marcante que embalou as noites de milhões de brasileiros por décadas, faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. O lendário apresentador estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, desde 4 de setembro, lutando contra a insuficiência renal crônica. Um quadro de pneumonia, que vinha sendo tratado em casa, agravou-se, culminando na falência múltipla dos órgãos.
Nascido em Taubaté, São Paulo, em 1927, Cid Moreira iniciou sua trajetória no rádio em 1944. Sua voz inconfundível o levou da Rádio Difusora de Taubaté para as grandes emissoras do Rio de Janeiro, como a Rádio Mayrink Veiga. A televisão o acolheu em 1951, e em 1963 estreou como locutor de noticiários no "Jornal de Vanguarda", da TV Rio.
A consagração definitiva veio com o Jornal Nacional, onde apresentou o telejornal por quase três décadas, marcando época com seu "Boa Noite" e sua impecável dicção. Segundo o Memória Globo, foram cerca de 8 mil edições do JN comandadas por ele, um recorde que dificilmente será superado.
Cid Moreira deixa um legado inestimável para o jornalismo brasileiro e uma lacuna na memória afetiva de gerações que cresceram ouvindo sua voz. As informações sobre velório e enterro ainda não foram divulgadas.
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